25 maio 2024

Ana Aragão e Gonçalo M. Tavares em exposição conjunta

"Cidade, Casa, Corpo - Os Mapas e a Linguagem" é o título da exposição que inaugura no dia 25 de maio na Galeria da Casa da Arquitectura, cruzando os desenhos de Ana Aragão com os textos originais de Gonçalo M. Tavares. A mostra estará aberta até 29 de setembro 2024.
A exposição resulta de uma coorganização e coprodução da Casa da Arquitectura e do Atelier Ana Aragão e pretende abrir um roteiro de leituras entre os desenhos que interpretam a cidade, de autoria de Ana Aragão e as histórias inéditas que os mapas contam sobre o espaço urbano, saídos da pena de Gonçalo M. Tavares.

Texto curatorial 

Do desenho do mapa vêm as mesmas linhas que desenham a cidade, a casa e depois o corpo. O traço que escreve é também o mesmo. Tudo o que é abstrato pode chegar - via desenho, pintura e linguagem - ao mundo do concreto.
É este o percurso, é esta a viagem do traço proposta por dois criadores, Ana Aragão, no desenho e na pintura, Gonçalo M. Tavares na escrita.
Dos textos de Gonçalo M. Tavares partirão ideias mentais que rapidamente ficarão concretas e visuais pela arte de Ana Aragão. Texto dentro do desenho, desenho dentro do texto. Em dois sentidos - da escrita à arte e da arte à escrita - se fará, então, esta investigação que terminará numa exposição "Cidade, Casa e Corpo - os mapas e a linguagem". Tudo partirá de uma investigação e de um estudo inicial que vai procurar recolher algumas das inúmeras formas de fazer mapas e de os aplicar. Mapas são ideias, palavras, desenhos, traços colocados no espaço. Mas tudo pode ser mapeável: as 24 horas de um cidadão, a história mundial ou a simples narrativa de uma pequena dor humana.
O mapa que não é apenas cartografia do metro quadrado e do vasto mundo, mas também cartografia das dores e dos contentamentos, dos percalços e dos momentos quase sublimes. As tragédias são mapeáveis, mas as alegrias também. Tudo pode acabar num mapa e o mapa pode dar início a tudo o que nele se anuncia.
O mapa e o território; a cidade, a casa e o corpo. A humanidade balança entre o pequeno alimento que permite ao corpo viver e a enorme cidade que transporta, abriga e seduz. Os mapas das cidades, os mapas das ideias e do corpo - a anatomia que se torna cidade
por via do velho o zoom da atenção, enfim, tudo – do mais pequeno à dimensão gigantone - poderá ganhar espaço visual e literário, com o trabalho conjunto de Ana Aragão e Gonçalo M. Tavares.
Fazer a relação entre o desenho do mapa e as artes, a poesia, a literatura. Mapas criativos e mapas que pensam; mapas que permitam que a imaginação humana se localize - no meio do norte, sul, este, oeste das violentas notícias do mundo - e ganhe altura, voo, velocidade, expectativa e espanto."

A inauguração vai ser assinalada com uma conversa dedicada ao tema "Casa, Cidade, Texto" que vai contar com a participação de Ana Aragão e Gonçalo M. Tavares, Pedro Mexia, Camilo Rebelo e Mariana Sendas na moderação. O evento vai decorrer a partir das 17h00.

Casa, Cidade, Texto

Qual a relação entre mapa, cidade, texto? Em torno da exposição que reúne textos de GMT e desenhos de AA, propõe-se uma reflexão acerca da natureza das linhas que traçam mapas e palavras, desenhos e texto -- aquilo que da ordem do imaginário influencia o movimento do corpo na cidade. Como projetar/criar/escrever/pensar/desenhar perante o irredutível movimento da cidade e do corpo-imaginação que o habita e nele constrói sentidos — mapeando as suas alegrias e as suas tragédias, os seus lugares e as suas narrativas. O corpo como casa, a cidade como mapa, o texto como desenho. E vice-versa.

A entrada é gratuita sujeita à lotação do espaço.


Biografias

Ana Aragão
Porto, 1984
Licenciou-se como arquiteta na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP, 2009), onde integrou a equipa docente como monitora. Bolseira da FCT, frequentou o Doutoramento do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (2011-2014, não concluído). Alguns dos seus projetos recentes incluem as exposições "My Plan for Japan" (2023, Hillside Forum, Tóquio), "No Plan for Japan" (2021, Museu do Oriente, Lisboa), "Vertical Reclamation of Individual Spaces" (2018, Fundação do Oriente, Macau), bem como a participação como artista convidada no Pavilhão Italiano da Bienal de Veneza 2021 e na representação portuguesa (Homeland) na edição de 2014 da Bienal de Veneza. Nomeada pelo Luerzer's Archive como um dos "200 Best Illustrators Worldwide" (2014), desenvolveu colaborações com o Centro Cultural de Belém, Casa da Memória de Guimarães, entre outros. Atualmente, Ana Aragão dedica-se exclusivamente ao desenho, explorando o tema dos imaginários urbanos e da arquitetura em papel. A sua interpretação do mundo urbano, desenhada à mão, reúne o reino da arquitetura e o dos detalhes. Dirige o seu próprio atelier no Porto desde 2012.

Seleção de exposições e participações recentes:

2023
My Plan For Japan
Exposição Individual
Hillside Fórum.
Tóquio, Japão

Vanishing Points
Exposição Colectiva
Roca London Gallery.
Londres, Reino Unido.

2022
Interferências
Exposição Colectiva
MAAT
Lisboa, Portugal.

No Plan For Japan
Exposição Individual
Museu do Oriente
Lisboa, Portugal

2021
Bienal de Arquitectura de Veneza
Exposição Colectiva
Pavilhão Italiano
Venezia, Itália.

2020
Galeria X
Exposição Individual
Reitoria da Universidade do Porto.
Porto, Portugal.

2019
S.M.L.LX
Exposição Individual
Sociedade Nacional de Belas Artes
Lisboa, Portugal.

2018
Vertical Reclamation of Individual Spaces
Exposição Individual
Ap’arte Contemporary Art Gallery
Porto, Portugal

2017
Imaginary Beings
Exposição Individual
Taipa Village
Macau

2014
Bienal de Veneza 2014
Veneza, Itália
Participação com três ilustrações da representação portuguesa Homeland
Commissário - Pedro Campos Costa
Comissário-geral - Rem Koolhaas

Gonçalo M. Tavares
Luanda, 1970.

Gonçalo M. Tavares publicou livros em diferentes géneros literários, traduzidos em cerca de 60 países. Os seus livros receberam vários prémios em Portugal e no estrangeiro. Recentemente, “Le Quartier” (O Bairro) recebeu o prestigioso Prix Laure Bataillon 2021, atribuído ao melhor livro traduzido em França, sucedendo assim à Nobel da Literatura Olga Tokarczuk, que recebeu este prémio em 2019 e ao escritor catalão Miquel de Palol. “Como Aprender a Rezar na Era da Técnica” recebeu o Prix du Meuilleur Livre Étranger 2010 (França), prémio atribuído antes a Robert Musil, Orhan Pamuk, JohnUpdike, Philip Roth, Gabriel García Márquez, Salman Rushdie, Elias Canetti, entre outros. Foi por diferentes vezes finalista do Prix Médicis e Pri Femina. “Uma Viagem à Índia” recebeu, entre outros, o Grande Prémio de Romance e Novela APE 2011. Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, dança, peças radiofónicas, curtas-metragens e objetos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projetos de arquitetura, teses académicas, etc.

Prémios

2021 Prix Laure Bataillon, França. Prémio Universidade de Lisboa 

2019 Belas Artes Prize for the best translation of “Margarita Michelena”

2018 Prémio Roménia - Literatura Sem Fronteiras

2017 Prémio Vergílio Ferreira 2015 Prémio José Saramago

2014 Radoje Tatic translation award com “Histórias Falsas”

2012 Prémio Fundação Inês de Castro 2012 2011 Prix Littéraire Européen, Étudiants Francophones com “Mr Kraus and Politics”

2010 Special Price of the Jury of the Grand Prix Littéraire du Web Cultura.
 

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