1 de julho a 2 de julho
Open House Porto: a vez dos novíssimos
Depois de uma edição no ano passado que registou para cima de 25 mil visitas nos 74 espaços disponíveis, o Open House Porto (OHP) regressa nos dias 1 e 2 de julho com curadoria de Pedro Baía e Magda Seifert, sob o tema os “Novíssimos na Arquitetura”.
Será a 8ª edição do Open House Porto que a Casa da Arquitectura leva a cabo todos os anos, com a colaboração das Câmaras Municipais de Matosinhos (CMM), do Porto (CMP), de Vila Nova de Gaia (CMG) e da Maia (CMM), associando, mais uma vez, os quatro territórios.
O tema é inspirado no texto de 1959 da autoria de Nuno Portas, intitulado «A responsabilidade de uma novíssima geração no movimento moderno em Portugal», a partir do qual Portas se dirige aos “arquitectos recém-chegados à actividade profissional”, propondo “o interrogar de uma novíssima geração, não só nas suas ideias e intenções, mas sobretudo nas suas obras.”
“O formato do Open House Porto oferece então a oportunidade para uma possível leitura das várias novíssimas gerações de arquitectos que foram projectando e construindo ao longo do tempo, através da visita contemporânea das suas obras”, referem os curadores.
E acrescentam: “Se o termo “novíssimos” remete para algo novo, emergente, inédito e recente, esta “novíssima geração” é interpretada enquanto uma lente através da qual serão escolhidas obras realizadas por jovens arquitectos nos anos 1930, 1950, 1970, 1990 ou 2010.
Neste sentido, a abordagem curatorial apresenta um conjunto de obras a visitar segundo três linhas de selecção: “novíssimos”, “novos novíssimos” e “novíssimas obras”.
Os “novíssimos” são, segundo os curadores, revisitados a partir de uma selecção de obras, hoje reconhecidas e celebradas, que foram na sua época projectadas por arquitectos que estavam no início do seu percurso, como a Casa de Chá em Matosinhos pelo então novíssimo Álvaro Siza, a Escola do Cedro em Vila Nova de Gaia pelo jovem arquitecto Fernando Távora ou ainda a Casa Ângelo de Sousa no Porto por José Pulido Valente, com apenas 26 anos.
Os “novos novíssimos” são revelados, segundo Pedro Baía e Magda Seifert, através de uma selecção das mais recentes obras da autoria de uma novíssima geração de arquitectos nascidos após 1983, hoje com menos de 40 anos de idade, como o Atelier Local, os Depa Architects, o Fala Atelier ou os Fahr 021.3.
Finalmente, o termo “novíssimo” serve ainda de pretexto para descobrirmos as mais interessantes e “novíssimas obras” concluídas nos últimos cinco anos, como a reabilitação do Mercado do Bolhão por Nuno Valentim e Rita Machado Lima, o projecto para o Terminal Intermodal de Campanhã de Nuno Brandão Costa, as novas instalações da ESAP por Fátima Fernandes e Michelle Cannatà, ou o projecto da Casa Submarino de Ivo Poças Martins.
O Open House Porto
Realizado exclusivamente com o apoio de voluntários e de especialistas que apoiam na oferta de visitas orientadas, o Open House é um evento internacional de promoção da arquitetura e património edificado, criado em Londres em 1992 por Victoria Thornton. Com mais de 20 anos de história, este evento estende-se atualmente a mais de 50 cidades em todo o mundo.
O Open House é uma iniciativa anual, concentrada num único fim de semana, que tem por objetivo ultrapassar e desconstruir as barreiras existentes entre a arquitetura e o público não especializado na descoberta de espaços de relevo, dando a todos a oportunidade de explorar casas particulares, edifícios, infraestruturas e conjuntos urbanos que ilustram a singularidade da arquitetura local. O acesso e visita aos espaços do roteiro é totalmente gratuito.
O evento convida o grande público a criar o seu itinerário pela cidade de acordo com os seus interesses, dispondo ainda de visitas comentadas por especialistas e/ou autores dos projetos.
O roteiro é ainda acompanhado pelos Programas Caleidoscópio e Plus que propõem um conjunto de atividades abertas e destinadas a todos os públicos, também de participação gratuita.
O Open House Porto é o único caso mundial em que 4 cidades se unem para o evento enquanto um só território.
Os Curadores
Pedro Baía (n.1980) é professor auxiliar convidado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e no Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa. Arquiteto formado em 2005 pelo Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra e doutorado em Teoria e História da Arquitetura pela mesma universidade em 2014. Investigador integrado, desde 2015, no Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território, da Universidade do Minho, onde desenvolveu investigação de pós-doutoramento em arquitetura entre 2017 e 2020. Investigador colaborador no CEACT – Centro de Estudos de Arquitectura, Cidade e Território da UAL. Membro do conselho editorial do Jornal Arquitectos (2022-2024). Membro do conselho consultivo da Trienal de Arquitectura de Lisboa desde 2014. Fundador e diretor da Circo de Ideias, associação cultural onde coordena, desde 2008, diversas edições, conferências e projetos expositivos.
Magda Seifert (n.1980) é diretora executiva da Porto Design Biennale, integrando a direção da esad—idea, Investigação em Design e Arte desde 2020. Arquiteta formada em 2006 pela Escola Universitária das Artes de Coimbra. Entre 2014 e 2016, colaborou com o Canadian Centre for Architecture na transferência do arquivo de Álvaro Siza para esta instituição. Entre 2015 e 2017, com Luís Tavares Pereira e Bruno Baldaia, comissariou a 5.ª edição do Habitar Portugal. Integrou, entre 2010 e 2014, a equipa da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Norte, exercendo funções de Assessoria ao Pelouro da Presidência. Membro do conselho de representantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto desde 2022. Fundadora e diretora da Circo de Ideias, associação cultural onde coordena, desde 2008, diversas edições, conferências e projetos expositivos.
Mais em openhouseporto.com
O tema é inspirado no texto de 1959 da autoria de Nuno Portas, intitulado «A responsabilidade de uma novíssima geração no movimento moderno em Portugal», a partir do qual Portas se dirige aos “arquitectos recém-chegados à actividade profissional”, propondo “o interrogar de uma novíssima geração, não só nas suas ideias e intenções, mas sobretudo nas suas obras.”
“O formato do Open House Porto oferece então a oportunidade para uma possível leitura das várias novíssimas gerações de arquitectos que foram projectando e construindo ao longo do tempo, através da visita contemporânea das suas obras”, referem os curadores.
E acrescentam: “Se o termo “novíssimos” remete para algo novo, emergente, inédito e recente, esta “novíssima geração” é interpretada enquanto uma lente através da qual serão escolhidas obras realizadas por jovens arquitectos nos anos 1930, 1950, 1970, 1990 ou 2010.
Neste sentido, a abordagem curatorial apresenta um conjunto de obras a visitar segundo três linhas de selecção: “novíssimos”, “novos novíssimos” e “novíssimas obras”.
Os “novíssimos” são, segundo os curadores, revisitados a partir de uma selecção de obras, hoje reconhecidas e celebradas, que foram na sua época projectadas por arquitectos que estavam no início do seu percurso, como a Casa de Chá em Matosinhos pelo então novíssimo Álvaro Siza, a Escola do Cedro em Vila Nova de Gaia pelo jovem arquitecto Fernando Távora ou ainda a Casa Ângelo de Sousa no Porto por José Pulido Valente, com apenas 26 anos.
Os “novos novíssimos” são revelados, segundo Pedro Baía e Magda Seifert, através de uma selecção das mais recentes obras da autoria de uma novíssima geração de arquitectos nascidos após 1983, hoje com menos de 40 anos de idade, como o Atelier Local, os Depa Architects, o Fala Atelier ou os Fahr 021.3.
Finalmente, o termo “novíssimo” serve ainda de pretexto para descobrirmos as mais interessantes e “novíssimas obras” concluídas nos últimos cinco anos, como a reabilitação do Mercado do Bolhão por Nuno Valentim e Rita Machado Lima, o projecto para o Terminal Intermodal de Campanhã de Nuno Brandão Costa, as novas instalações da ESAP por Fátima Fernandes e Michelle Cannatà, ou o projecto da Casa Submarino de Ivo Poças Martins.
O Open House Porto
Realizado exclusivamente com o apoio de voluntários e de especialistas que apoiam na oferta de visitas orientadas, o Open House é um evento internacional de promoção da arquitetura e património edificado, criado em Londres em 1992 por Victoria Thornton. Com mais de 20 anos de história, este evento estende-se atualmente a mais de 50 cidades em todo o mundo.
O Open House é uma iniciativa anual, concentrada num único fim de semana, que tem por objetivo ultrapassar e desconstruir as barreiras existentes entre a arquitetura e o público não especializado na descoberta de espaços de relevo, dando a todos a oportunidade de explorar casas particulares, edifícios, infraestruturas e conjuntos urbanos que ilustram a singularidade da arquitetura local. O acesso e visita aos espaços do roteiro é totalmente gratuito.
O evento convida o grande público a criar o seu itinerário pela cidade de acordo com os seus interesses, dispondo ainda de visitas comentadas por especialistas e/ou autores dos projetos.
O roteiro é ainda acompanhado pelos Programas Caleidoscópio e Plus que propõem um conjunto de atividades abertas e destinadas a todos os públicos, também de participação gratuita.
O Open House Porto é o único caso mundial em que 4 cidades se unem para o evento enquanto um só território.
Os Curadores
Pedro Baía (n.1980) é professor auxiliar convidado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e no Departamento de Arquitetura da Universidade Autónoma de Lisboa. Arquiteto formado em 2005 pelo Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra e doutorado em Teoria e História da Arquitetura pela mesma universidade em 2014. Investigador integrado, desde 2015, no Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território, da Universidade do Minho, onde desenvolveu investigação de pós-doutoramento em arquitetura entre 2017 e 2020. Investigador colaborador no CEACT – Centro de Estudos de Arquitectura, Cidade e Território da UAL. Membro do conselho editorial do Jornal Arquitectos (2022-2024). Membro do conselho consultivo da Trienal de Arquitectura de Lisboa desde 2014. Fundador e diretor da Circo de Ideias, associação cultural onde coordena, desde 2008, diversas edições, conferências e projetos expositivos.
Magda Seifert (n.1980) é diretora executiva da Porto Design Biennale, integrando a direção da esad—idea, Investigação em Design e Arte desde 2020. Arquiteta formada em 2006 pela Escola Universitária das Artes de Coimbra. Entre 2014 e 2016, colaborou com o Canadian Centre for Architecture na transferência do arquivo de Álvaro Siza para esta instituição. Entre 2015 e 2017, com Luís Tavares Pereira e Bruno Baldaia, comissariou a 5.ª edição do Habitar Portugal. Integrou, entre 2010 e 2014, a equipa da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Norte, exercendo funções de Assessoria ao Pelouro da Presidência. Membro do conselho de representantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto desde 2022. Fundadora e diretora da Circo de Ideias, associação cultural onde coordena, desde 2008, diversas edições, conferências e projetos expositivos.
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