9 de agosto 2025
Visita orientada à Casa D'Abreu Neto (Quatro Casas, Álvaro Siza)
No próximo sábado, 9 de agosto de 2025, às 11h00, o público terá a rara oportunidade de visitar a Casa D'Abreu Neto, a primeira obra construída do arquiteto Álvaro Siza, através de uma visita orientada por um/a arquiteto/a especialista, conduzida em português.
Esta habitação marca o início da carreira de um dos nomes mais emblemáticos da arquitetura contemporânea. A visita terá a duração de uma hora e os bilhetes podem ser adquiridos através da plataforma Eventbrite.
A Casa D'Abreu Neto faz parte de um conjunto residencial conhecido como "Quatro Casas", um ensaio precoce, mas já sofisticado, de Siza sobre a revisão da modernidade. O projeto revela influências evidentes do Inquérito à Arquitectura Popular (mediado por Fernando Távora), de Le Corbusier e da arquitetura orgânica de Alvar Aalto, referências que viriam a moldar a linguagem própria do arquiteto ao longo das décadas seguintes.
Embora distante da maturidade expressiva de obras-primas posteriores, esta casa encerra uma complexidade singular. A duplicação propositada das escadas, que reduz o espaço útil, mas enriquece a experiência espacial, antecipa discussões que Robert Venturi sistematizaria mais tarde no seu influente livro Complexidade e Contradição na Arquitetura (1966).
Um dos elementos mais emblemáticos é a cozinha, revestida em pastilha cerâmica cor de barro, que remete para o toque manual de Siza e a sua fascinação inicial por Gaudí. A chaminé, com forte presença escultórica, evoca uma arquitetura sensível à memória e aos rituais quotidianos.
Esta visita guiada não é apenas uma oportunidade de admirar um espaço privado de relevância patrimonial; é, sobretudo, um convite a mergulhar no início do percurso de um mestre, onde já se vislumbram os traços do seu futuro brilhante.
A Casa D'Abreu Neto faz parte de um conjunto residencial conhecido como "Quatro Casas", um ensaio precoce, mas já sofisticado, de Siza sobre a revisão da modernidade. O projeto revela influências evidentes do Inquérito à Arquitectura Popular (mediado por Fernando Távora), de Le Corbusier e da arquitetura orgânica de Alvar Aalto, referências que viriam a moldar a linguagem própria do arquiteto ao longo das décadas seguintes.
Embora distante da maturidade expressiva de obras-primas posteriores, esta casa encerra uma complexidade singular. A duplicação propositada das escadas, que reduz o espaço útil, mas enriquece a experiência espacial, antecipa discussões que Robert Venturi sistematizaria mais tarde no seu influente livro Complexidade e Contradição na Arquitetura (1966).
Um dos elementos mais emblemáticos é a cozinha, revestida em pastilha cerâmica cor de barro, que remete para o toque manual de Siza e a sua fascinação inicial por Gaudí. A chaminé, com forte presença escultórica, evoca uma arquitetura sensível à memória e aos rituais quotidianos.
Esta visita guiada não é apenas uma oportunidade de admirar um espaço privado de relevância patrimonial; é, sobretudo, um convite a mergulhar no início do percurso de um mestre, onde já se vislumbram os traços do seu futuro brilhante.