Call aberto para bailarinos

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Bodies in Urban Spaces é um trajeto em movimento, coreografado para um grupo de bailarinos. Os artistas lideram o público através de diversos locais públicos e semipúblicos. Uma cadeia de intervenções físicas é preparada muito rapidamente e, existindo apenas temporariamente, permite ao espectador perceber local de uma maneira diferente – em movimento. Bodies in Urban Spaces é uma intervenção temporária num ambiente arquitetónico urbano diversificado. A intenção desta obra é apontar a estrutura funcional urbana e desvendar as possibilidades restritas de movimento e comportamento, bem como regras e limitações.
Ao colocar os corpos nos locais específicos, as intervenções provocam um processo de pensamento e produzem alguma inquietação. Os transeuntes, os residentes e o público são levados a refletir acerca do ambiente urbano e do comportamento e hábitos do seu próprio movimento. Bodies in Urban Spaces convida os moradores a passear a sua própria cidade, estabelecendo um relacionamento mais forte com seu bairro, distrito e cidade. As intervenções são temporárias, não deixando nenhuns vestígios para trás, mas sim impressões na memória das testemunhas oculares.

WILLI DORNER

Willi Dorner vive e trabalha em Viena. O seu trabalho inclui peças para palco e performances site specific. Dorner é especialmente reconhecido por levar as audiências a experienciar situações do dia-a-dia de forma diferente. É autor da obra Bodies in Urban Spaces, apresentada em mais de 80 cidades, na qual performers e bailarinos utilizam espaços citadinos para desafiar noções de escultura e incentivar a reflexão sobre o espaço quotidiano. Além da dança, Dorner tem um profundo interesse por fotografia, cinema e artes visuais, integrando-as em algumas das suas obras coreográficas. Foi premiado com o Österreichischer Tanzproduktionspreis 2000 e com outros prémios internacionais de coreografia. Recebeu o BLAULAUT-Price pela sua performance Bodies in Urban Spaces, na categoria de arte interdisciplinar, em 2011. Dos seus filmes destaca-se Pearls 07.
Em 2019, Willi Dorner cria a peça “Ballet de Causa Única” para a Companhia Instável apresentada no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos, no âmbito do Festival DDD. Ainda em 2019, esta peça é adaptada para apresentação nos espaços da Casa da Arquitectura, no âmbito do seu 2º aniversário.
www.willidorner.com

COMPANHIA INSTÁVEL
A Instável – Centro Coreográfico está sediada no 1º Andar do Teatro Campo Alegre. Promove um conjunto de projetos complementares e comutativos, que pretendem apoiar criadores e intérpretes em diferentes fases do seu trabalho e atuar sobre todo o ciclo das artes performativas, entre a criação e a receção artística. Desenvolve programas de formação para Coreógrafos e Intérpretes (FAÍCC e FOCAR), dinamiza um programa de residências artísticas (Mórula), produz criações anuais de Companhia, promove um ciclo de apoio à criação e apresentação de novas criações de dança (Palcos Instáveis) e de incentivo à digressão (Palcos Instáveis 2ª Casa), um Gabinete de Apoio à Produção e Difusão de Novos Criadores, um projeto de criação e produção em espaços informais (Percursos pela Arquitetura), vários projetos de sensibilização para a dança e desenvolvimento de públicos (Educação pela Arte e Instáveis Criativos), promove um projeto de formação e incentivo à colaboração entre Organizações de Artes Performativas do Território (Coriolis – Movimento para a Sustentabilidade), entre outros.
www.companhiainstavel.pt

*A Companhia Instável e a Casa da Arquitectura têm estado atentas e recetivas aos diferentes comentários sobre a integração de intérpretes neste projeto. Em momento algum, o objetivo de nenhuma das entidades foi ‘mascarar’ uma ação de voluntariado falso. A CI tem como princípio fundador a profissionalização e a criação de oportunidades a bailarinos e intérpretes e isso é o que nos move. Confessamos, contudo, que, ao programarmos este projeto, aceitámos também a sua fórmula simples e repetida uma e outra vez por todo o mundo: Willi Dorner chega e ocupa o espaço com corpos – diversos e expressivos de cada local – com quem responde ao seu convite e que, assim, integra a sua obra efémera. O open call foi uma forma de lançar o convite no Porto e dirigi-lo aos que poderão ter especial interesse em se aproximar deste criador e do seu processo. Os comentários recebidos fazem-nos pensar e, apesar de termos sido sempre claros no que está em questão, levar-nos-ão a refletir em projetos futuros.
  • 2º aniversário Casa da Arquitectura © Ivo Tavares

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