Cerimónia do Prémio Internacional de Fotografia Luis Ferreira Alves celebrou a imagem como pensamento arquitetónico

Durante o evento, foram projetadas as séries fotográficas vencedoras, numa sessão que combinou apresentações institucionais e uma conversa aberta com os membros do júri: o arquiteto Eduardo Souto de Moura, os fotógrafos Hélène Binet e Paulo Catrica, e o curador do prémio, Pedro Leão Neto.
 
Hélène Binet apresentou os dois primeiros premiados: o iraniano Maho, distinguido com o 1.º Prémio pela série Paradise Town, um olhar poético e crítico sobre a periferia urbana de Teerão; e o francês Cyril Weiner, que recebeu o 2.º Prémio pela série dedicada a estruturas efémeras de teatro e circo. Já o 3.º Prémio foi entregue ao espanhol Sergio Belinchón, pela série Provisional Atlas of Berlin, apresentada por Pedro Leão Neto e elogiada por Souto de Moura pela sua abordagem coerente e silenciosa à cidade contemporânea.
 
Duas menções honrosas foram atribuídas a fotógrafas: Sana Ahmadizadeh, pelo projeto Hidden Land, um olhar íntimo sobre a memória reprimida no Irão; e Amélia Lancaster, que apresentou uma leitura abstrata do National Theatre de Londres.
 
A sessão foi aberta por Nuno Sampaio, diretor executivo da Casa da Arquitectura, que destacou o legado afetivo de Luis Ferreira Alves com a instituição, onde se encontra o seu arquivo e onde dá nome à galeria de fotografia. 
 
Daniela Fernandes, da Câmara Municipal do Porto, salientou o alcance internacional imediato da iniciativa e anunciou uma futura exposição com os trabalhos premiados na antiga Casa da Câmara, num gesto de continuidade simbólica com a obra de Fernando Távora.
 
Em nome da CCDR-N, Jorge Sobrado evocou o papel da fotografia como mediação essencial da arquitetura, classificando Luis Ferreira Alves como um dos grandes “médiums da arquitetura” e defendendo o prémio como uma convocatória crítica à reflexão partilhada.
 
José Pedro Sousa, da FAUP, refletiu sobre o papel da fotografia no ensino e crítica da arquitetura contemporânea, homenageando o percurso de Pedro Leão Neto na valorização dessa interseção disciplinar.
 
Catarina Providência, viúva de Ferreira Alves e cofundadora do prémio, falou em nome da família do fotógrafo, evocando o seu espírito curioso e apaixonado, e comparando o prémio a um novo planisfério que, à semelhança de Magalhães, circunavegou o mundo.
 
Pedro Leão Neto, coordenador do prémio, delineou a visão que orientou o projeto: combater a banalização da imagem e afirmar a fotografia de arquitetura como campo poético, crítico e relacional. Destacou o impacto da primeira edição — com 1.495 candidaturas de 99 países — e agradeceu à rede de parceiros institucionais e culturais que tornaram possível esta plataforma internacional.
 
O arquiteto Eduardo Souto de Moura encerrou o evento com um apelo direto à continuidade do prémio: “Este não é um gesto de circunstância, mas um compromisso com a qualidade, a memória e a crítica na arquitetura.”
 
Entre a emoção e o pensamento, a primeira edição do Prémio Internacional de Fotografia Luis Ferreira Alves afirma-se, desde já, como um marco no panorama cultural português e internacional — uma plataforma de reflexão sobre a arquitetura através da imagem, fiel ao espírito do seu patrono: olhar com atenção para transformar o mundo.
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