20 novembro 2022
Doação Acervo Manuel Correia Fernandes
Seis décadas de trabalho de Manuel Correia Fernandes no Arquivo da Casa
A atividade de Manuel Correia Fernandes “não se limita à prática profissional da arquitectura, em atelier, mas caracteriza-se por uma acção multifacetada, dividida entre o exercício do projecto, a doceÌ‚ncia e a gestão académica — sendo um professor incontornável da Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, a participação cívica e a vida política — incluindo uma importante actividade associativa e autárquica.”.
A atividade de Manuel Correia Fernandes “não se limita à prática profissional da arquitectura, em atelier, mas caracteriza-se por uma acção multifacetada, dividida entre o exercício do projecto, a doceÌ‚ncia e a gestão académica — sendo um professor incontornável da Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto –, a participação cívica e a vida política — incluindo uma importante actividade associativa e autárquica.”.
As palavras são do arquiteto Carlos Machado e Moura a quem coube a apresentação da pessoa e da obra do arquiteto Manuel Correia Fernandes, na Cerimónia de Doação do seu acervo à Casa da Arquitectura que decorreu no passado dia 20 de novembro no âmbito das celebrações do 5º Aniversário da Casa da Arquitectura.
O momento, que encheu por completo o Arquivo da Casa, contou ainda com a presença do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva na sua primeira deslocação à Casa da Arquitectura.
Machado e Moura definiu Manuel Correia Fernandes como um “arquitecto singular, autor de uma obra extensa e plural” onde, ao longo das seis décadas de trabalho que enformam o seu acervo, “encontramos, diferentes inquietações, diferentes formas de olhar e de trabalhar em arquitectura”.
Mas não só. “Na sua actividade cívica e política, Manuel Correia Fernandes foi um actor determinante, tanto no envolvimento militante por causas da sociedade civil — nomeadamente na defesa do Mercado do Bolhão da destruição a que parecia estar condenado — como na definição estratégica das intervenções na cidade — designadamente no Porto’2001, da criação da Casa da Música às operações de reabilitação urbana do chamado “Regresso à Baixa”.
Em síntese, sublinhou Carlos Machado e Moura, “para Manuel Correia Fernandes, a arquitectura é política desenhada, porque tem um entendimento do espaço urbano e do território tanto nas suas dimensões físicas como nas suas expressões ideológicas.”
Na intervenção de encerramento da cerimónia, o Ministro da Cultura lembrou que “a atualidade e empenho dos arquitetos na transformação do território e da sociedade é incontornável e correspondeu, nos últimos 50 anos, a um salto monumental muito positivo”.
O momento, que encheu por completo o Arquivo da Casa, contou ainda com a presença do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva na sua primeira deslocação à Casa da Arquitectura.
Machado e Moura definiu Manuel Correia Fernandes como um “arquitecto singular, autor de uma obra extensa e plural” onde, ao longo das seis décadas de trabalho que enformam o seu acervo, “encontramos, diferentes inquietações, diferentes formas de olhar e de trabalhar em arquitectura”.
Mas não só. “Na sua actividade cívica e política, Manuel Correia Fernandes foi um actor determinante, tanto no envolvimento militante por causas da sociedade civil — nomeadamente na defesa do Mercado do Bolhão da destruição a que parecia estar condenado — como na definição estratégica das intervenções na cidade — designadamente no Porto’2001, da criação da Casa da Música às operações de reabilitação urbana do chamado “Regresso à Baixa”.
Em síntese, sublinhou Carlos Machado e Moura, “para Manuel Correia Fernandes, a arquitectura é política desenhada, porque tem um entendimento do espaço urbano e do território tanto nas suas dimensões físicas como nas suas expressões ideológicas.”
Na intervenção de encerramento da cerimónia, o Ministro da Cultura lembrou que “a atualidade e empenho dos arquitetos na transformação do território e da sociedade é incontornável e correspondeu, nos últimos 50 anos, a um salto monumental muito positivo”.